Hermelindo Fiaminghi

1950

Conhece o artista plástico e designer polonês Leopold Haar, que lhe apresenta o construtivismo, e os artistas Malevich, Kandinski, Pevsner e Moholy Nagy.

1951

Atende ao convite de Leopold Haar e concebe a capa do Anteprojeto da Escola de Propaganda do Museu de Arte de São Paulo (Masp).

1952

Em abril, deixa a Lintas. Retorna ao ateliê de Waldemar da Costa e retoma a pintura. Nessa ocasião conhece as artistas Amelia Toledo e Rachel Correia Vaz de Arruda e restabelece a amizade com Lothar Charoux.

Pinta Mulher Sentada, sua última obra figurativa, em diálogo com estruturas quase cubistas.

Ocupa-se, até 1956, do planejamento e execução das campanhas publicitárias para lojas de varejo, a exemplo de Sensação Modas.

1953

Visita e admira as obras expostas na II Bienal de São Paulo (MAM – SP )

1954

Deixa de pintar no ateliê de Waldemar da Costa.

1955

Seu amigo, o desenhista-arquiteto Valentino Cai, o inscreve na III Bienal de São Paulo (MAM-SP); das três obras enviadas, duas foram aceitas : Sequencia de Curvas e Composição Vertical I, ambas de 1953. A crítica classifica as obras de Fiaminghi como concretas.

Conhece Luiz Sacilotto, que o convida a participar das reuniões do grupo concreto paulista no Clubinho dos Artistas, ocasião em que é apresentado aos demais membros : Waldemar Cordeiro, Kazmer Féjer, Maurício Nogueira Lima, Judith Lauand e Lothar Charoux. Conhece ainda os irmãos e poetas concretos Augusto e Haroldo de Campos. Mário Schemberg o apresenta a Alfredo Volpi.

Participa do IV Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia (SP), recebendo a medalha de prata pela obra Elevação Vertical com Movimento Horizontal. ( 1955 ).

Inicia pesquisa da retícula corluz, executando slides.

1956

Conhece Décio Pignatari.

Publica na revista Propaganda o artigo “São mais fáceis os layouts à Mondrian ?”

Instala-se no ateliê de Waldemar da Costa (Rua João Adolfo).

Faz a programação visual do catálogo da exposição de Volpi (MAM–SP).

Em dezembro, com cinco obras – Elevação Vertical com Movimento Horizontal ( 1955 ), Triângulos com Movimento em Diagonal ( 1956 ), Triângulos com Movimento Espiral ( 1956 ), Círculos Concêntricos e Alternados ( 1956 ),e Triângulos Entrosados com Movimento Circular   (1956 ) , participa da histórica I Exposiçao Nacional de Arte Concreta ( MAM-SP), para a qual concebe todo o projeto gráfico dos poemas-cartazes concretos, ocasião do lançamento do Manifesto da Poesia Concreta.

Inicia suas primeiras experiências em offset.

1957

Publica na revista Propaganda o artigo “Marcas e logotipos como peças publicitárias”.

Participa da I Exposição Nacional de Arte Concreta, no Ministério de Educação e Cultura (RJ), da Exposição de Arte Moderna do Brasil, no Museo Nacional de Belas Artes de Buenos Aires (Argentina) e da IV Bienal de São Paulo, quando apresenta dois esmaltes sobre nordex, com o nome genérico de Alternados.

Desenvolve com Décio Pignatari o anúncio serigráfico para a IV Bienal de São Paulo (MAM-SP), publicado na revista Quadrum.

1958

Integra o ateliê coletivo do Brás e a Comissão Organizadora do VII Salão Paulista de Arte Moderna.

É nomeado membro do conselho diretor da Galeria de Arte das Folhas, cargo que ocupa até junho de 1959.

Cria a capa serigráfica do número 4 da revista Noigandres e desenvolve a série de 10 obras denominada Virtuais.

Funda a Primeira Agência Promocional (PAP), inicialmente instalada no ateliê de Waldemar da Costa, tornando-se seu diretor até 1959.

Participa do planejamento e implantação do processo gráfico Rotogravura para a empresas Repro S.A. e Lastri S.A., em colaboração com a revista O Cruzeiro.

1959

Expõe as séries Virtuais e Seccionados na mostra coletiva Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, na Galeria de Arte das Folhas (SP).

Marca presença na V Bienal (MAM-SP) e em exposições internacionais: Ausstelung Brasilianischer Künstler, na Haus der Kunst, em Munique (Alemanha); Arte Contemporânea Brasileira, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa (Portugal); e na Exposição Arte Contemporânea Brasileira (MAM-RJ), que no ano seguinte percorre as cidades de Londres, Paris, Hamburgo, Munique, Amsterdã, Zurique, Basileia, Lisboa, Roma, Viena, Madri e Barcelona.

Rompe com Waldemar Cordeiro.

Ocupa-se, até o ano seguinte, do planejamento e implantação da reestruturação da empresa Panan Publicidade S.A.

Instala-se em um ateliê junto à sala de Volpi, até por volta de 1966.